Resenha: O Cavalo e seu Menino - As Crônicas de Nárnia Vol. III


Título: O Cavalo e seu Menino
Autor: Clive Staples Lewis
Ano: 1954 

"Ao saber que não era filho de Arsheesh, o pescador, o jovem Shasta decide fugir da cruel Calormânia. Na companhia do cavalo falante Bri, ele parte em direção ao Norte rumo a Nárnia, onde o ar é fresco e reina a liberdade. Em sua jornada pelo deserto árido, Shasta tenta imaginar o que estará esperando por ele adiante. Tudo parece tão vasto, desconhecido, solitário... e livre."
O terceiro livro em um total de sete, O Cavalo e seu Menino traz mais uma crônica de Nárnia. Desta vez, tendo Shasta e Bri como protagonistas, tendo ainda a companhia de Aravis e Huin, outras duas fugitivas que se encontram na mesma situação deles, buscando a liberdade das terras encantadas de Nárnia.

Shasta, filho de um pobre pescador chamado Arriche, vive nas terras quentes de Calormânia, mas há grandes dúvidas quanto a ele ser um autêntico calormano. A primeira evidência a se notar, é que sua pele não é escura como a dos verdadeiros calormanos, é bem clarinha. O que faz com que seja visto com outros olhos na região em que mora. E depois, que Shasta não se interessava pela vila onde o pai vendia o pescado. Ele desejava mesmo era descobrir o que havia no lado oposto, no Norte, pois ninguém nunca ia para lá. Aquilo gerava uma imensa curiosidade no menino.

Certo dia, chega à moradia de Shasta e seu pai, um tarcaã, um senhor de alta linhagem. Montado em um belíssimo cavalo de guerra e empunhando uma lança e um escudo de bronze. O tal homem pede pousada para noite, o que Arriche jamais negaria a alguém que deveria ter tanto dinheiro. A melhor comida foi servida naquela noite. Mas Shasta apenas comeu um naco de pão. E ainda teve de ir dormir ao lado do burro, numa cocheira coberta de palha.

O tarcaã desejava comprar Shasta de seu pai, e assim tornar-lhe um escravo. O garoto, que espionava a conversa dos adultos, ficou felicíssimo, pois sabia que se fosse vendido (e tinha certeza de que seria), viajaria pelo país, descobriria novos lugares e quem sabe descobrir o que havia no misterioso Norte. Além, é claro, de se livrar das ruindades de seu pai. Não se preocupava com os afazeres de um escravo, pois sabia que era mais ou menos parecido com o que seu pai lhe obrigava a fazer. Isto é, remendar ou costurar as redes, fazer a comida, limpar a cabana em que moravam, etc.

Você ainda se lembra daquele belíssimo cavalo em que o tarcaã viera montado? Acontece que ele é um cavalo falante de Nárnia, que há muito fora sequestrado, roubado, capturado, o que achar melhor. Para a surpresa e decepção de Shasta, o cavalo chamado Bri (abreviação de Brirri-rini-brini-ruri-rá), o avisa que Anradin, o tarcaã, é tão ruim quanto seu pai - senão pior!

O garoto se desespera, pois já via uma forma de fugir, e agora percebe que viverá para sempre na Calormânia. Porém, o cavalo também deseja voltar para as terras do Norte, sua verdadeira casa, a terra feliz das montanhas, Nárnia! Juntos, os dois arquitetam seus planos, discutindo rotas e modos de chegar às magníficas terras nortenhas o mais rápido possível. 

No caminho, também encontram a jovem tarcaína, Aravis e sua a também falante égua, Huin. Mas a história das duas você só conhecerá quando ler o livro ;). Juntos, os quatro irão se aventurar pelas terras da Calormânia, da gigantesca cidade de Tashbaan e pelo imenso deserto que a separa de Arquelândia, vizinha de Nárnia.

Após duas resenhas e mais essa, ainda é mesmo necessário falar da incrível forma de como C. S. Lewis escreve seus livros, tornando-os interessantes e prendendo o leitor do início ao fim? A saga As Crônicas de Nárnia não perde sua essência em momento algum, continuando a sequência de histórias emocionantes e aventuras mágicas até, espero, seu último livro.

Desculpem por ter demorado tanto a escrever um novo artigo, leitores fantasmas.

Próxima resenha: O Mundo de Sofia ou Guerra Civil

Tenham um pouquinho de paciência.

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